As principais casas de espetáculos do Brasil já começam a se movimentar para a volta dos shows. Mas há uma questão crucial nesse mercado, neste primeiro momento. Os espetáculos só poderão voltar com distanciamento, o que significa que as mesas com assentos marcados devem retornar com força às apresentações musicais.
O número de ingressos vendidos será reduzido de maneira drástica. Obviamente, as entradas ficarão mais caras mas, mesmo assim, como é costume falar no mercado: a conta não fecha! O que quer dizer: não será possível ter lucro com público reduzido, mesmo com os bilhetes custando mais.
Com este cenário atual, ou melhor, em um futuro próximo, só há uma saída viável: os grandes artistas (os únicos capazes de esgotar ingressos caros em casas de espetáculos dos grandes centros urbanos) terão que reduzir seus cachês ou entrarem como sócios, o que significa ter participação na venda de ingressos. Só assim será possível a retomada dos espetáculos ainda neste ano.
Perceberam como esta matemática não será nada simples? Não é fácil ter um artista de renome capaz de lotar um grande ambiente como o Espaço das Américas, em São Paulo, por exemplo. Mas ainda há uma outra saída: o patrocínio dos espetáculos.
Alguns governos sinalizam com 30% da capacidade, mas esse número parece inimaginável para “fechar a conta”. Resumo de tudo isso: será necessário que haja uma vontade real de todos os lados para que os show voltem neste ano.